quarta-feira, 18 de junho de 2008

LEIA-SE DISFUNÇÃO

Foi publicado na Itália mais um estudo sobre o comportamento homossexual na sociedade. O trabalho, coordenado por Andrea Camperio Ciani, da Universidade de Pádua (norte da Itália), está na revista científica de acesso livre "PLoS One" (www.plosone.org) e pode ser lido de graça na internet. Através de equações matemáticas, a pesquisa revela que os genes ligados ao comportamento homossexual favorecem a fertilidade da mulher.

Nessa semana também foi publicada na Academia de Ciências dos EUA uma pesquisa sueca sugerindo que o cérebro de um homem gay é mais parecido com o de uma mulher heterossexual do que com o de um homem heterossexual, pois os dois hemisférios têm aproximadamente o mesmo tamanho. Há semelhança também no fluxo sanguíneo de uma parte que processa emoções ( ! ). Já o cérebro de uma mulher homossexual se parece mais com o de um homem heterossexual. Esse estudo foi realizado com uma amostra de apenas 90 pessoas e através de observação de ressonâncias magnéticas.

Os estudos foram publicados em meio a uma corrida dos gays americanos para a costa oeste, mais especificamente para a Califórnia, onde o casamento gay foi legalizado pela Justiça, mas corre o risco de ser revogado ao final desse ano, quando uma consulta popular será realizada para aprovação do tema.

Apesar de serem estudos científicos, as conclusões apresentadas mostram uma tentativa frustrada de “biologizar” a homossexualidade. Essa tentativa de mostrar que há uma variação genética causadora de comportamentos diferentes dos concebidos por “normais” da sociedade já aconteceu anteriormente como no caso dos serial killers nos EUA. Pesquisas apontaram que o cérebro dessas pessoas possuía “disfunções causadoras do comportamento desviado do padrão social”.

A investida conservadora desses setores da sociedade em encontrar uma explicação biológica (leia-se disfunção, na linguagem homofóbica), configura-se como um retrocesso visível na ampliação da visão do homossexualismo na sociedade. Logo agora, que o público GLBT vem conquistando seu espaço e respeito, mostrando que ser gay, lésbica, bissexual, travesti ou transexual é apenas uma questão de escolha individual, que deve ser respeitada como qualquer outra escolha de qualquer outro cidadão do mundo.

Deve-se ter cuidado ao analisar essas pesquisas, que nada mais são que homofobia velada. A falsa premissa de que a explicação biológica iria ajudar na afirmação do gay perante a sociedade é, na verdade, uma maneira sutil de rotular o “comportamento fora dos padrões normais” como “alterações genéticas que geram comportamento desviado da seleção natural”.

Leia-se disfunção.

quinta-feira, 5 de junho de 2008

DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE


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WWF-Brasil. Cuidando do ambiente onde o bicho vive. O bicho-homem.