Marconi Perillo, que é autor da proposta de homenagem, acrescentou que os administradores do Brasil e do mundo têm razões de sobra para "fazer valer essa admirável profissão, marcada pelo espírito de superação, porque administrar no contexto de competitividade do mundo globalizado é suplantar barreiras e metas".
- Que implicações essa crise trará para o administrador das empresas e dos negócios do Brasil na América e no mundo permanece uma incógnita para a qual somente a capacidade de auto-superação dos nossos homenageados terá uma resposta - disse Marconi Perillo.
O senador afirmou que, quando ocorreu a derrocada da União Soviética, chegou-se a pensar que o mundo viveria um longo ciclo de unipolarismo econômico e político da economia norte-americana. No entanto, observou, hoje as economias emergentes representam uma nova força capaz de rivalizar com as economias da Europa e da América do Norte.
Para Marconi Perillo, ainda, o crescimento da economia mundial e a permeabilidade entre os mercados consumidores não podem significar renúncia aos direitos e garantias trabalhistas, tampouco à manutenção de condições de dignidade do mercado laboral.
- Se esses padrões não se transformarem em bandeiras de luta universais, estará em jogo o próprio sentido da competição e o do desenvolvimento tecnológico, que não podem se colocar à frente nem da condição humana nem da sustentabilidade planetária - afirmou.
A proposta de homenagem ao administrador teve como objetivo, segundo o senador, "destacar a importância deste profissional no desenvolvimento do país". A profissão foi criada em 9 de setembro de 1965, com a publicação da Lei 4.769/65.
Além de Marconi Perillo, participaram da sessão de homenagem o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) e os presidentes do Conselho Federal de Administração, Roberto Carvalho Cardoso, do Conselho Regional da Administração do Distrito Federal,Maria doRosário Moraes, e da Associação Goiana de Administração, Samuel Albernaz.
Suplicy disse que a Escola de Administração de Empresas de São Paulo é um estabelecimento de ensino superior pioneiro, tem faculdades de Economia, Direito e Administração Pública e tornou-se um centro de excelência, reconhecido internacionalmente e com convênios com várias instituições estrangeiras, como a Universidade Estadual de Michigan (EUA).
O senador lembrou seus tempos de estudante, quando interrompeu os estudos durante um semestre para visitar a Europa Ocidental e o Leste Europeu porque queria comparar os dois sistemas econômicos: capitalismo e comunismo. Ele afirmou ter chegado à conclusão de que o melhor governo seria aquele com metas sociais para construir uma sociedade mais justa e igual, mas atingindo esses objetivos por meios democráticos.
O senador acrescentou que, na política, sempre se tem pautado por esses ideais socialistas, mas pregando métodos sem violência e com profundo respeito à democracia.
Vestibulandos
Já o presidente do Conselho Federal de Administração, Roberto Carvalho Cardoso, disse que, apesar de a profissão ser a "caçula" das regulamentadas, já há cerca de 1,5 milhão de administradores de empresas em atuação no Brasil.
Segundo dados do Ministério da Educação citados por Roberto Cardoso, a administração de empresas é, nos dias de hoje, a profissão mais procurada pelos vestibulandos.
- Hoje, a abrangência do mercado de trabalho para o administrador é muito ampla e traz importante contribuição para o crescimento brasileiro - afirmou.
Roberto Cardoso lembrou que, desde 1881, a profissão de administração de empresas populariza-se cada dia mais nos Estados Unidos, e que muitos consideram o espírito gestor norte-americano como a chave da pujança do país nos negócios. Naquele ano, segundo pesquisou o administrador, foi criada na Pennsylvania a primeira escola de administração nos moldes dos estabelecimentos de ensino da atualidade. Disse ainda que até 1950 só havia formação para essa profissão nos Estados Unidos e que, em 1953, a terceira escola criada fora desse país foi aberta no Brasil.
Para o presidente do CFA, o papel dos conselhos é o de difundir, incentivar e fiscalizar o exercício da profissão. Ele afirmou, ainda, que o Brasil precisa de bons gestores, comprometidos com a busca de resultados positivos e altos níveis de excelência.
Da Redação / Agência Senado
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